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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Os profissionais da voz


 Por Sabrina Leão
 
O chamado profissional da voz é aquele indivíduo que depende diretamente da sua voz para exercer seu trabalho. Portanto, a voz nada mais é que o principal instrumento deste profissional.
    
Foi a partir da década de 90 que muitos pesquisadores da área de fonoaudiologia começaram a "categorizar" estes profissionais, tais como: atores, cantores, professores, locutores, operadores de telemarketing, operadores da bolsa de valores, vendedores, advogados, pastores, dubladores, repórteres, telejornalistas, políticos, entre outros.
   
 Diversos autores definem estes profissionais:
 
"Indivíduos que utilizam a voz de maneira continuada, os quais procuram, por meio de um modo de expressão elaborada, atingir um público específico e determinado." (Satallof, 1991)
    
"É um indivíduo que ganha o seu sustento utilizando a voz. Existem profissões que fazem daqueles que as executam um profissional da voz, pois exigem que o indivíduo fade excessivamente." (Boone, 1992)
    
"Este tipo de profissional depende da voz, ou pelo menos de uma determinada qualidade vocal, para seu sustento." (Mitchell, 1994)
   
Souza & Ferreira (2000), propuseram uma classificação para estes profissionais:
- profissionais da arte: cantores (erudito, popular, coralista e religioso), atores (teatro, circo e televisão) e dubladores.
- profissionais da comunicação: locutores, repórteres (televisão e rádio), telejornalistas e telefonistas.
- profissionais da educação: professores, padres, pastores e fonoaudiólogos.
- profissionais de marketing: operadores de telemarketing, vendedores, leiloeiros e políticos.
- profissionais de setores da indústria e comércio: diretores, gerentes, encarregados de seção e supervisores.
- profissionais do judiciário: advogados, promotores, juizes, entre outros.
    
Souza & Ferreira (2000), também citam a classificação dada por outros autores como Koufman & Isacson (1991) e Rodrigues et al. (1996), onde esta classificação baseia-se no nível de intensidade do uso vocal, a demanda vocal do indivíduo e o impacto que uma disfonia causaria em sua carreira:
- Nível I: para estes profissionais, uma alteração mesmo que discreta, pode trazer consequências desastrosas para a carreira. É o caso dos cantores e atores.
- Nível II: são os profissionais que na presença de uma alteração vocal moderada já sofrem interferências em sua vida profissional. Neste nível, estão inclusos todos os demais profissionais da voz falada, como professores, telefonistas e radialistas.
- Nível III: são os profissionais que não tem a voz como instrumento básico de trabalho, mas, caso venham a sofrer com alguma alteração vocal severa, ficam impossibilitados de exercer seu trabalho. É o caso de médicos, advogados, vendedores, etc.
- Nível IV: são os profissionais que definitivamente não utilizam a voz como instrumento, e, portanto, se apresentarem uma alteração vocal mesmo sendo de grau profundo, não seriam impedidos de executar sua função.

Blibliografia consultada: Souza, T.M.T.; Ferreira, L.P. Um século de cuidados com a voz profissional falada: a contribuição da fonoaudiologia. 2000.

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