O fonoaudiólogo atua em UTI adulto, infantil e neonatal. |
Por Sabrina Leão
A atuação fonoterápica em hospitais ainda é recente, mas já são evidentes suas contribuições neste ambiente, pois tem como objetivos a avaliação precoce e o diagnóstico diferencial para os casos de disfagia, prevenindo, evitando e minimizando as complicações clínicas dos pacientes.
A atuação fonoterápica em hospitais ainda é recente, mas já são evidentes suas contribuições neste ambiente, pois tem como objetivos a avaliação precoce e o diagnóstico diferencial para os casos de disfagia, prevenindo, evitando e minimizando as complicações clínicas dos pacientes.
A avaliação clínica da deglutição não é uma avaliação diagnóstica definitiva, porém é um componente que permite compreender sua natureza, permitindo a obtenção de informações sobre a localização, o caráter, se é estrutural ou funcional, a etiologia e a efetividade de algumas condutas.
A avaliação fonoaudiológica realizada junto ao leito engloba: análise do prontuário, avaliação clínica da dinâmica da deglutição, avaliação da mobilidade das estruturas orofaciais e qualidade vocal.
A avaliação dos distúrbio da deglutição é clínica, sendo realizados os procedimentos de ausculta cervical e oximetria de pulso. Para complementar o diagnóstico são realizados os exames de videofluoroscopia da deglutição e fibronasolaringoscopia, considerados como de padrão ouro.
A ausculta cervical é um dos recursos mais utilizados na avaliação e abordagem terapeutica fonoaudiológica da alimentação. Define-se como uma avaliação subjetiva, tendo como objetivo avaliar ou auscutar os sons da deglutição. Realiza-se o procedimento com a colocação do estetoscópio na cartilagem tireóide, na sua porção lateral, auscultando-se, num primeiro momento a passagem do ar na respiração e depois os ruídos referentes à deglutição. O melhor local para a realização da ausculta cervical é a parte lateral do pescoço, na junção da laringe, traquéia e artéria carótida.
Os dados da ausculta cervical vem sendo muito utilizados para correlacionar os ruídos da deglutição na etapa faríngea da deglutição, ao mesmo tempo em que se busca um método para a sua realização que possa ser avaliado de forma objetiva.
A oximetria de pulso é realizada através da medição da saturação de oxigênio na hemoglobina funcional, o que pode auxiliar no monitoramento dos pacientes que dessaturam oxigênio em consequência da aspiração laringotraqueal.
A avaliação instrumental da deglutição do disfágico objetiva: observar a dinâmica da deglutição do paciente, com que grau de efetividade o bolo alimentar atinge o esôfago e se existe seguridade na realização da função.
Em alguns casos torna-se necessária além da indicação de exames complementares a avaliação de outros profissionais.
A equipe multidisciplinar que atende o disfágico no leito hospitalar deve estar sempre alerta para os sinais clínicos, pois quanto mais precocemente a disfagia for detectada, maior será a chance de reverter-se as complicações clínicas, principalmente as pulmonares que podem levar o paciente ao óbito.
Bibliografia consultada: Cardoso e Fontoura (2009), Sordi (2009)
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