Comer rápido pode
engordar. Um estudo realizado com 3.287 pacientes no Japão e publicado no
British Medical Journal mostrou bem isto. Este estudo seccional cruzado analisou o impacto de se comer rápido
e de se saciar completamente na gênese da obesidade.
Pôde-se perceber claramente que comer até sentir-se plenamente satisfeito e comer rápido está associado com sobrepeso em homens e mulheres japoneses, e este comportamento alimentar pode ter impacto substancial no desenvolvimento da obesidade. Quase metade dos voluntários disse que tinha a tendência a comer rapidamente. Comparados com quem não comia rapidamente, os homens com este hábito tinham 84% mais chances de estarem acima do peso e as mulheres tinham duas vezes mais chances. Além disso, aqueles que, além de comerem rapidamente tinham a tendência de comer até se sentirem “cheios”, tinham mais do que o triplo de risco de estarem acima do peso.
A maneira como comenos está sendo cada vez mais vista como uma área-chave em pesquisas sobre obesidade, especialmente desde a publicação de estudos destacando a existência de uma variante genética ligada a “sensação de estar cheio”. Um estudo publicado recentemente no Journal of Psychopharmacology concluiu que um remédio usado contra a obesidade funcionava ao desacelerar o ritmo no qual os pacientes obesos comiam.
A OECD (Organization for Economic Cooperation and Development Society), em recente publicação mostra o tempo médio que uma determinada população leva para tomar suas refeições. Aqueles que gastam mais tempo comendo, como, por exemplo, os franceses, têm um índice de massa corpórea menor (são menos obesos).
Fica claro que como se come, isto é, de forma tranquila, mastigando bem, é fundamental não só para a saúde como um todo, mas também para o controle do sobrepeso.
Fonte: Barbosa, C. Martigação: um poderoso aliado da dietoterapia. Editora Ottoni, 2009.
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