A mastigação é executada pelo sistema mastigatório, constituído pelos
dentes, maxila, mandíbula, articulações temporomandibulares, musculatura
orofacial, vasos sanguíneos e nervos. Esse sistema apresenta três funções: mastigação,
deglutição e fala. Dentre essas funções, a mais importante é a mastigação, pois
corresponde a etapa inicial do processo digestivo, tendo como função a
trituração dos alimentos, reduzindo-os a pequenas partículas para uma adequada
deglutição.
A digestão é o processo de “quebra” dos alimentos em seus constituintes mais simples, com o objetivo de serem absorvidos pelo organismo através do sistema digestivo. Certas alterações digestivas, como engasgos e refluxo gastroesofágico podem ser resultado de hábitos alimentares inadequados, como a má qualidade dos alimentos consumidos e o tipo de mastigação.
A saciedade é a sensação pela qual o indivíduo não aceita mais alimento, de acordo com índices digestórios, metabólicos e endócrinos, que modulam a função nervosa do hipotálamo. Sendo assim, o alimento é ingerido após a percepção da fome, e sua ingestão acaba no momento em que a saciedade é alcançada.
A mastigação estimula o centro da saciedade através de impulsos nervosos gerados nos proprioceptores musculares excitados durante a distensão e contração dos grupos musculares envolvidos na mastigação, principalmente os mandibulares.
A mastigação pode ser um excelente medidor para a quantidade adequada de alimento a ser ingerido. Durante o processo de trituração do alimento para a formação do bolo alimentar, o organismo vai se preparando quimicamente para a assimilação dos nutrientes, até dar sinais de apetite saciado. Portanto, a boa qualidade da mastigação pode levar ao emagrecimento, enquanto que a mastigação ineficiente pode influenciar na obesidade.
Por Sabrina Leão
APOLINÁRIO,
R.M.C.; MORAES, R.B.; MOTTA, A.R. Mastigação e dietas alimentares para redução
de peso. Revista CEFAC, São Paulo, v.10, n.2, 191-199, abr-jun, 2008.
GONÇALVES,
R.F.M.; CHEHTER, E.Z. Perfil mastigatório de obesos mórbidos submetidos à
gastroplastia. Revista CEFAC, São Paulo, dez, 2011.
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