A articulação temporomandibular (ATM) é uma das
articulações mais complexas e dinâmicas do corpo humano. Trata-se de uma
articulação bicondilar, tornando-se portanto, capaz de realizar movimentos
diferentes bilateralmente, porém com dinâmica de unidade. Como se trata de uma
articulação bilateral, o comprometimento de um dos lados, limita a
funcionalidade do outro. Prejuízos ao funcionamento dessa articulação,
influenciam negativamente na execução das funções orais, principalmente a mastigação,
função esta totalmente dependente dos movimentos mandibulares.
A anquilose da ATM é uma alteração que limita os movimentos mandibulares e consequentemente as funções fisiológicas de mastigação, deglutição e fonação.
O termo anquilose vem de aderência em
articulação. Devido à aderência na articulação temporomandibular, os movimentos
mandibulares tornam-se limitados ou
impossibilitados. A gravidade da anquilose depende do tipo e extensão da
lesão, período da vida do paciente em que ocorreu (devido a possibilidade de
interferência no processo de desenvolvimento craniofacial) e o tempo
transcorrido sem tratamento.
É encontrada mais frequentemente em crianças e
adultos jovens, o que resulta em alterações severas no crescimento mandibular
devido a destruição do centro primário de crescimento localizado na
fribrocartilagem do côndilo mandibular. Com isso, o aspecto facial do indivíduo
apresenta micrognatia e acentuada assimetria mandibular, com desvio do mento
para o lado afetado e achatamento do lado não afetado.
A abertura da boca apresenta grande limitação, podendo variar de 5 a 10 milímetros. Como a anquilose é assintomática e sem dor, o que geralmente leva o paciente a buscar tratamento é a dor de origem dental, pois, devido a limitação na abertura da boca, o paciente pode desenvolver problemas periodontais, cáries e raízes dentárias residuais a longo prazo.
A anquilose é caracterizada pela impossibilidade de abrir a boca dentro dos limites considerados normais. É classificada em verdadeira ou falsa, de acordo com sua localização:
Anquilose verdadeira ou intra-articular (intra-capsular): ocorre devido à fusão dos ossos de uma articulação móvel por tecido ósseo ou fibroso. É o tipo mais comum. Ocasiona a limitação total ou parcial da abertura bucal. Tende a transformar-se também em extra-articular a longo prazo.
Anquilose falsa ou extra-articular (extra-capsular): acontece devido a rigidez das estruturas que rodeiam a articulação.
Pode ser classificada também em relação ao tipo de tecido encontrado:
A anquilose da ATM é uma alteração que limita os movimentos mandibulares e consequentemente as funções fisiológicas de mastigação, deglutição e fonação.
A abertura da boca apresenta grande limitação, podendo variar de 5 a 10 milímetros. Como a anquilose é assintomática e sem dor, o que geralmente leva o paciente a buscar tratamento é a dor de origem dental, pois, devido a limitação na abertura da boca, o paciente pode desenvolver problemas periodontais, cáries e raízes dentárias residuais a longo prazo.
A anquilose é caracterizada pela impossibilidade de abrir a boca dentro dos limites considerados normais. É classificada em verdadeira ou falsa, de acordo com sua localização:
Anquilose verdadeira ou intra-articular (intra-capsular): ocorre devido à fusão dos ossos de uma articulação móvel por tecido ósseo ou fibroso. É o tipo mais comum. Ocasiona a limitação total ou parcial da abertura bucal. Tende a transformar-se também em extra-articular a longo prazo.
Anquilose falsa ou extra-articular (extra-capsular): acontece devido a rigidez das estruturas que rodeiam a articulação.
Pode ser classificada também em relação ao tipo de tecido encontrado:
Fibrosa: geralmente extra-articular, a limitação dos movimentos da mandíbula é
por formação de bridas de origem cicatricial ou muscular.
Óssea: representa a união da
cabeça da mandíbula com o osso temporal, com a substituição da ATM por massa
óssea, resultando em ausência total de movimentos mandibulares.
A anquilose pode apesentar como possíveis
causas: fraturas condilares diretas ou indiretas; artrites reumáticas; quadros
infecciosos e inflamatórios mandibulares ou articulares graves; disseminação de
infecção e causas congênitas.
Tratamento:
Cirúrgico
(excisão adequada e ressecção da anquilose) e reabilitação fonoaudiológica após a
cirurgia, com objetivo de recuperar a amplitude dos movimentos mandibulares.
Bibliografia consultada:
Bibliografia consultada:
LUZ, J.G.C. Alterações temporomandibulares e
sintomatologia. In: BIANCHINI, E.M.G. Articulação temporomandibular: implicações,
limitações e possibilidades fonoaudiológicas. Vol. 1. Ed. Pró-Fono. Barueri,
2010.
MAZZETTO, M.O. Disfunções das articulações
temporomandibulares. In: FELÍCIO, C.M. TRAWITZKI, L.V.V. Interfaces da
medicina, odontologia e fonoaudiologia no complexo cérvico-craniofacial. Vol.I
Ed. Pró-Fono. Barueri, 2009.
MENDONÇA, JCG et al. Enxerto costocondral em
anquilose de ATM pediátrica: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol.
Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.11, n.3, p. 49-54, jul./set. 2011
MARZOTTO, SR; BIANCHINI
EMG Anquilose temporomandibular bilateral: aspectos fonoaudiológicos e
procedimentos clínicos. Rev CEFAC, São Paulo, v.9, n.3,
358-66, jul-set, 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário