Por Sabrina Leão
A
disfunção das articulações temporo mandibulares (ATMs) também é denominada como Desordem Temporomandibular (DTM), termo
adotado pela American Dental Association.
As
DTMs relacionam-se a desordens estruturais e funcionais do sistema
estomatognático. São classificadas em desordens
dos músculos mastigatórios e desordens
articulares. Seus fatores predisponentes são má oclusão dentária, problemas
neuromusculares e emocionais, podendo estar associados ou não.
As
causas da DTM podem variar entre os pacientes, mas os sintomas apresentados
geralmente são: dores nos músculos mastigatórios, nas articulações
temporomandibulares e na região pré-auricular, além de limitação nos movimentos
mandibulares e em alguns casos sintomas auditivos.
Devido
a tantas alterações, o sistema estomatognático sofre uma “desorganização”,
pois, não há uma boa estabilidade para morder, mastigar, deglutir e até mesmo
falar.
Como
o sistema estomatognático é importante para a execução de várias funções, é
necessário que esteja com suas estruturas em plenas condições para a execução
adequada de suas funções. Cabe portanto, aos profissionais envolvidos no
tratamento da DTM, recuperar esse sistema, de modo que todas as funções possam
ser realizadas de forma segura, sem dores, limitações e riscos de piora da
disfunção.
A
importância do fonoaudiólogo insere-se exatamente neste ponto, pois, a
fonoterapia foca a reorganização neuromuscular, não apenas para alívio da dor e
diminuição da hiperatividade muscular, mas principalmente para recuperação da
funcionalidade, equilibrando as funções estomatognáticas com a oclusão do
indivíduo.
Felício
(2009), afirma que “o fonoaudiólogo deve distinguir as causas das
consequências, os fatores primários dos secundários e aqueles que se lhes
associam agravando o problema”. O tratamento fonoaudiológico da DTM nunca
acontece isoladamente. Sempre é necessário o trabalho em conjunto com outros
profissionais, dentre eles o cirurgião-dentista.
O
objetivo terapêutico do fonoaudiólogo é a recuperação do equilíbrio do sistema
estomatognático. O tratamento é iniciado com a realização de uma avaliação
miofuncional orofacial. Em seguida, realiza-se o trabalho de conscientização do
paciente sobre os fatores causais do seu problema para melhor compreensão da
importância de se reabilitar as funções miofuncionais orofaciais.
Bibliografia consultada:
FELÍCIO,
C.M. Desordens temporomandibulares e distúrbios miofuncionais orofaciais. In:
FELÍCIO, C.M.; TRAWITZKI, L.V.V. Interfaces da medicina, odontologia e
fonoaudiologia no complexo cérvico-craniofacial. Vol. 1. Ed. Pró-Fono. Barueri,
2009.
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