sábado, 8 de janeiro de 2011

A atuação fonoaudiológica em UTI neonatal

Todo o recém-nascido de alto risco deve ter suas funções
orais avaliadas por um fonoaudiólogo.
A neonatologia é mais uma opção de atuação dentro da fonoaudiologia hospitalar. Esta área vem despertando grande interesse de muitos fonoaudiólogos, porém trabalhar com recém-nascidos de risco necessita de uma grande conscientização por parte dos profissionais sobre a importância de uma atuação criteriosa, com bases científicas sólidas e inserção de condutas junto à equipe multiprofissional atuante neste ambiente.
    
Existem alguns objetivos determinantes da atuação fonoaudiológica em UTI neonatal. Tais objetivos devem considerar primordialmente a individualidade do caso e a intervenção de maneira global e não somente na área da motricidade oral. Portanto, o fonoaudiólogo desta área, para ser completo em sua atuação, necessita de total conhecimento sobre os objetivos a seguir:
 
- conhecimento sobre as terminologias da Neonatologia e saber associá-las à Fonoaudiologia;
- realizar a integração entre a atuação fonoaudiológica e a atuação da equipe multiprofissional da UTI Neonatal;
- saber detectar alterações sensoriais e motoras, facilitando posturas mais apropriadas ao neonato, favorecendo a adequação do tônus;
- avaliar o sistema sensório motor oral
- estimular as funções orais, em casos de alteração da sucção, assim como na transição da dieta via sonda para via oral;
- organizar o atendimento através do uso de protocolos de avaliação e acompanhamento fonoaudiológico;
- integrar os pais ao atendimento, fazendo-os acompanhar a evolução do recém-nascido durante todo seu período de internação;
- incentivar e orientar a mãe sobre a amamentação, visando fortalecer os laços mãe-filho e desenvolver os órgãos fonoarticulatórios;
- informar e conscientizar a equipe médica e de enfermagem sobre o ruído ambiental dentro da UTI, favorecendo a humanização do ambiente;
- atuar em conjunto com a equipe de enfermagem a fim de favorecer a postura do recém-nascido, melhorando assim, a postura do mesmo em repouso e durante a administração das dietas,
- atuar na escolha do local mais adequado para a fixação da sonda e melhor forma de alimentar o neonato de risco. 

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