Por Sabrina Leão
A cirurgia ortognática é um método utilizado para a correção das desproporções maxilomandibulares, tendo como objetivo proporcionar o equilíbrio entre as funções estomatognáticas (sucção, mastigação, deglutição, fala e respiração) e as estruturas anatômicas. O fonoaudiólogo é um profissional com um importante papel na equipe. Sua atuação visa a reorganização neuromuscular para que haja uma execução harmônica das funções estomatognáticas, após a correção cirúrgica. O acompanhamento fonoaudiológico é fundamental para evitar recidivas, que podem surgir em decorrência da não-adaptação do sistema estomatognático. Devido ao grande número de alterações craniofaciais e oromiofuncionais apresentadas pelos portadores de desproporções maxilomandibulares, torna-se evidente a importância de uma equipe multidissiplinar acompanhando esses casos. Essa equipe é composta por ortodontista, cirurgião bucomaxilofacial, fonoaudiólogo, entre outros.
A cirurgia ortognática é um método utilizado para a correção das desproporções maxilomandibulares, tendo como objetivo proporcionar o equilíbrio entre as funções estomatognáticas (sucção, mastigação, deglutição, fala e respiração) e as estruturas anatômicas. O fonoaudiólogo é um profissional com um importante papel na equipe. Sua atuação visa a reorganização neuromuscular para que haja uma execução harmônica das funções estomatognáticas, após a correção cirúrgica. O acompanhamento fonoaudiológico é fundamental para evitar recidivas, que podem surgir em decorrência da não-adaptação do sistema estomatognático. Devido ao grande número de alterações craniofaciais e oromiofuncionais apresentadas pelos portadores de desproporções maxilomandibulares, torna-se evidente a importância de uma equipe multidissiplinar acompanhando esses casos. Essa equipe é composta por ortodontista, cirurgião bucomaxilofacial, fonoaudiólogo, entre outros.
O tratamento ortodôntico na fase pré-operatória, tem como finalidade corrigir os maus posicionamentos dentários, para que, após a cirurgia, seja possível conseguir uma boa oclusão dentária e uma mastigação eficiente. No pós-operatório, a ortodontia objetiva a estabilização dos resultados da cirurgia, procurando evitar recidivas. Na equipe, o cirurgião bucomaxilofacial atua no reposicionamento das bases ósseas (maxila e mandíbula).
O papel do fonoaudiólogo é de adequar a musculatura e as funções estomatognáticas ao novo padrão oclusal do indivíduo. A participação desse profissional deve começar ainda na fase pré-operatória, diagnosticando as alterações miofuncionais orais que possam comprometer e resultado obtido pelos tratamentos ortodôntico e cirúrgico.
A orientação e o tratamento
fonoaudiológicos diminuem considerávelmente os riscos de recidivas. A atuação
fonoaudiológica oocorre em três fases distintas: pré-operatória; período de
bloqueio maxilomandibular ou período de repouso da atividade mastigatória (35 a
60 dias); e após a retirada do bloqueio, ou após o período de repouso da
mastigação.
As orientações devem ser iniciadas na
fase pré-cirúrgica, entre um e três meses antes da cirurgia, a fim de
desenvolver a percepção dos mecanismos e padrões musculares corretos envolvidos
no repouso e nas funções orais. Esse trabalho no pré-operatório tem grande
relevância no período pós-cirúrgico, no qual os impulsos aferentes sensitivos
são enviados ao sistema nervoso central, desenvolvendo uma nova propriocepção.
A avaliação fonoaudiológica consiste na análise dos aspectos anatômicos,
morfológicos e posturais das estruturas orofaciais, e, principalmente, da
funcionalidade dessas mesmas estruturas durante a realização das diferentes
atividades oromiofuncionais. O objetivo dessa avaliação pré-cirúrgica é
detectar desequilíbrios importantes que possam influenciar negativamente no
resultado da cirurgia.
A sensibilidade também precisa ser muito bem avaliada ainda no pré-operatório. A gustação, o olfato e as sensibilidades tátil e térmica podem sofrer alterações transitórias após a cirurgia.
No pós-cirúrgico, usam-se elásticos ortodônticos entre as arcadas nas primeiras semanas, objetivando pequenos ajustes para garantir a estabilidade oclusal. Isso possibilita ao paciente higienizar os dentes e falar de uma forma segura nos primeiros dias após a cirurgia. No entanto, o paciente é orientado a não comer sólidos, a fim de evitar movimentos mastigatórios.
As funções estomatognáticas são automáticas, pois ocorrem abaixo do nível de consciência. Por serem automáticas, dependem da propriocepção dos tecidos duros e moles que compõem a cavidade oral e a face. As mudanças bruscas ocasionadas pela cirurgia, podem resultar em uma “confusão funcional”, que desestabiliza a motricidade orofacial do paciente, afirmam Aléssio, Mezzomo e Korbes (2007).
Os riscos de uma recidiva no pós-operatório da cirurgia ortognática serão bem reduzidos se as estruturas orofaciais e suas funções estiverem adequadas, mantendo a harmonia da oclusão e não forçando essas estruturas com os antigos padrões adaptativos.
ALÉSSIO CV, MEZZOMO CL, KORBES D. Intervenção Fonoaudiológica nos casos de pacientes classe III com indicação à Cirurgia Ortognática. Arquivos em Odontologia, Volume 43, Nº 03, Julho/Setembro de 2007
FRAGA JA, VASCONCELOS RJH. Acompanhamento fonoaudiológico pré e pós-operatório de cirurgia ortognática: relato de caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário